sábado, 15 de março de 2014

HQ: Maus - A história de um sobrevivente

HQ: Maus - A história de um sobrevivente


*Marcelo Forlani
Você escreveria a biografia de seu pai se tivesse a certeza de que ele era uma pessoa extremamente mesquinha, mal humorada e possivelmente culpado pelo suicídio de sua mãe? Pois o norte-americano Art Spiegelman fez isso em Maus.

As histórias foram publicadas originalmente na revista underground Raw entre 1980 e 1991. Sócio-fundador e editor da publicação, Art Spiegelman compilou um primeiro volume em 1986, com o título Maus - A história de um sobrevivente, cujo subtítulo era Meu pai sangra história. Cinco anos depois, Maus II - E aqui meus problemas começaram chegava às ruas. Em 1992 ele ganhou o prêmio Pulitzer, um dos mais conceituados do meio jornalístico e literário, e nunca antes dado a uma HQ.


Mas o que torna esta Graphic Novel tão especial não são os prêmios, mas sim os motivos que a fizeram tão laureada. Art usou esta mídia discriminada e geralmente associada a obras infantis para falar de uma das maiores atrocidades da história recente da humanidade: o Holocausto. Os pais de Art, os poloneses judeus Vladek e Anja, sobreviveram a Auschwitz e migraram para os Estados Unidos, onde ganharam uma segunda chance e um novo filho, o próprio Art. O primeiro rebento do casal, Richieu, não teve a mesma sorte e, junto com tantos outros parentes e amigos dos Spiegelman, morreu na sua Polônia natal.


Art aprendeu a duras penas que sobreviver a Auschwitz não é necessariamente continuar vivo. Além de agüentar todas as manias que seu pai adquiriu no período em que foi prisioneiro dos nazistas, ele viu sua mãe se deprimindo até chegar ao ponto em que não aguentava mais e acabar se suicidando.

Amor e guerra

Art e seu pai não eram muito próximos. Mas assim como outros filhos de judeus que passaram sua vida ouvindo as mais horrendas histórias sobre os campos de concentração e em determinado momento passaram a buscar suas raízes, ele resolveu transformar as memórias de seu pai em quadrinhos. A escolha por esta mídia era a mais lógica para ele, que sempre gostou e leu muitas HQs. Mas o resultado final é uma aula de como usar os quadrinhos para contar uma história. Art mostra as conversas (e discussões) que ele teve com seu pai como se estivessem acontecendo naquele momento, a história de seus pais em flashback, fotos, antropomorfismo, história em quadrinhos dentro da história em quadrinhos, detalhamentos de esquemas desenhados por seu pai de como eram os esconderijos, mapas, etc.


O desenho de Spiegelman, bem sujo, é uma conseqüência do estilo da Raw, mas serve também para mostrar que aqueles ratos não são bonitinhos como os desenhados por Walt Disney. O antropomorfismo que transforma judeus em ratos, nazistas em gatos, norte-americanos em cães e poloneses em porcos reflete a estrutura da vida naqueles dias. Sem nem saber o porquê, os gatos correm atrás e matam os roedores. Na escolha dos orelhudos para representar os judeus há também uma referência ao termo com que os nazistas se referiam à raça inferior: vermes da sociedade; e ainda uma resposta à afirmação que abre o primeiro capítulo: Sem dúvida os judeus são uma raça, mas não são humanos, de Adolf Hitler.

Manual de sobrevivência


Mostrando a forma mandona e teimosa de seu pai, Art começa a história do jeito que Vladek lhe conta, antes mesmo da época em que conhecia Anja ou sua segunda esposa, Mala. Naqueles dias ele era muito bonito e tinha várias namoradas, mas nada muito sério. Quando conheceu aquela pequena menina-rica de Sosnowiec, o cupido o acertou em cheio. Vladek lutou até mesmo contra os impulsos de Anja, que por um tempo acreditou que ele só estava interessado na fortuna de sua família. Quando a vida dos dois começava a se acertar, os alemães chegaram à Polônia. Deste momento até o fim do livro, os dois passaram por separações, privações e perdas constantes, mas sempre conseguiram arranjar um jeito de se ver ou se comunicar.

Assim como Auschwitz mudou de formas diferentes as vidas das pessoas que passaram por lá, a maneira como cada uma delas conseguiu sobreviver também é bastante variada, mera obra do acaso. Como o dinheiro que cada um tinha fora dali já não existia mais, era bastante comum haver traições até mesmo de judeus contra judeus. Vladek caiu em algumas delas e conseguiu se salvar com a ajuda de pessoas que ele conhecia, do seu trabalho árduo, dos seus contrabandos e escambos, da sua inteligência, e, claro, da sua sorte. Pela simples falta de qualquer um destes itens seis milhões de judeus morreram na Segunda Guerra Mundial.

Enquanto isso, do outro lado do mundo...

Por mostrar de forma tão gráfica o sofrimento diário, Maus e o japonês Gen - Pés descalços (de Keiji Nakazawa) são provas de que história em quadrinhos não é só coisa de criança. As duas obras ambientadas na Segunda Guerra mostram de formas diferentes e diferenciadas que é possível tratar temas sérios como o Holocausto e o bombardeamento em Hiroshima nas HQs.

Se a Conrad Editora fez um ótimo trabalho na publicação da obra japonesa aqui no Brasil, a Cia. das Letras confirma com este livro que quer o seu lugar entre as principais editoras de quadrinhos do país. O título não era inédito por aqui - havia sido lançado nas versões separadas pela Ed. Brasiliense em 1986 (Maus I) e 1995 (Maus II) -, mas estava esgotado há tempos e merecia uma nova edição à altura da sua importância. Finalmente ganhou. Além de um papel de alta qualidade e o preço bastante acessível (R$ 39 por 300 páginas de leitura ininterrupta), a tradução manteve o sotaque alemão do protagonista e traz a novos leitores a dificuldade de Art Spiegelman de conviver com seu pai. Se estivesse vivo, até o resmungão (e às vezes racista) Vladek, ficaria orgulhoso.

*02 de Agosto de 2005
MAUS - Art Spiegelman
Cia das Letras - 296 págs.


GIBITECA HENFIL - AM: Mundo dos quadrinhos ao alcance de todos

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sábado, 1 de março de 2014

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

GIBITECA HENFIL: EDITORA EBAL ANOS 70: ZORRO EM CORES GIBITECA HENF...

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GIBI GRANDE ALMANAQUE DE NATAL - EDITORA ABRIL ANOS 80 E 90

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GIBI DA MÔNICA - EDITORA ABRIL ANOS 80 E 90

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GIBI DO MICKEY- EDITORA ABRIL ANOS 80 E 90

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GIBI DA DISNEY - EDITORA ABRIL ANOS 80 E 90

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GIBI DO PATO DONALD - EDITORA ABRIL ANOS 80 E 90

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GIBI DO URTIGÃO - EDITORA ABRIL ANOS 80 E 90 / CLUBE DO GIBI

GIBI DO URTIGÃO - EDITORA ABRIL ANOS 80 E 90 / CLUBE DO GIBI








terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

A batalha das Comic Cons no Brasil

 A batalha das Comic Cons no Brasil

Por um lado, teremos em dezembro a Comic Con Experience. Por outro, a Yamato se movimenta e vai realizar a Brasil Comic Con em novembro, pra furar a rival. Só que um adversário a altura está se preparando: a São Paulo Comic Con, dos mesmos organizadores da New York Comic Con
                
Renan Martins Frade
18 de fevereiro de 2014

    
A noite de 25 de Janeiro, um sábado, foi movimentado. O site Omelete e a Chiaroescuro Produções (do Ivan Freitas, um dos curadores da FIQ) anunciaram a Comic Con Experience, evento que “trará a experiência da San Diego Comic-Con” para São Paulo. Depois de quase um mês, a CCXP não anunciou seus principais convidados ou preço dos ingressos – o que é normal, afinal o evento vai acontecer apenas entre 4 e 7 de dezembro – mas o simples anúncio já fez barulho suficiente pra movimentar a indústria da cultura pop brasileira.


A primeira reação, claro, foi dos fãs. A San Diego Comic-Con tem sido coberta pelos veículos brasileiros de forma bem abrangente desde meados da década passada, quando o próprio evento se tornou incrivelmente enorme – trazendo paineis, grandes convidados e apresentações de novidades não apenas dos quadrinhos (de onde a SDCC veio), mas das indústrias de games, TV e cinema. Por isso, nada mais justo que os fanboys e fangirls daqui verem na CCXP a oportunidade única de ficar perto do elenco de um Os Vingadores – A Era de Ultron ou Star Wars – Episódio VII – desejo esse alimentado pelos próprios organizadores da Comic Con Experience, que estão tentando parcerias com estúdios como Warner, Paramount e Disney.

No entanto, a CCXP não tem ligação com o evento dos EUA, existindo apenas a intenção por parte dos organizadores em se inspirar na versão californiana. E essa separação não está apenas nos logos dos eventos, mas também no nome: Comic-Con, com hífen, é uma marca registrada da San Diego Comic Convention, organizadora da SDCC. Comic Con, sem hífen, é de domínio público.

“Não somos filiados à SDCC. Nosso evento segue os moldes das Comic Cons americanas e já temos confirmadas coisas que nunca aconteceram no Brasil”, explica Pierre Mantovani, presidente da Comic Con Experience. “Teremos um Artist Alley grande para 64 quadrinistas brasileiros autografarem suas obras e terem contato com os fãs. Além disso, as maiores empresas de colecionáveis do mundo já confirmaram presença, como a Bandai, HotToys, Kotobukiya, entre outras. Esses caras nunca estiveram em um evento de consumo no Brasil e a Marvel já aprovou três peças exclusivas pra CCXP”.


New York Comic Con a caminho de São Paulo
Tanta movimentação no mercado brasileiro pode ter acordado um gigante adormecido. Não, não estou falando do povo brasileiros nas ruas, nem nada disso, ainda bem. Estou falando de outro gigante: a Reed Exhibitions Alcântara Machado.
No Brasil, a Alcântara Machado é conhecida por organizar grandes eventos em outros setores, como o Salão do Automóvel de São Paulo e a Bienal do Livro de São Paulo. Nos EUA, a Reed Exhibitions é simplesmente a organizadora da New York Comic Con, segunda maior convenção do tipo no país – atrás justamente da San Diego Comic-Con e da Chicago Comic & Entertainment Expo (C2E2).
As empresas estão juntas no Brasil desde 2007 e, em 2010, entraram com o pedido de registro das marcas São Paulo Comic Con e SP Comic Con. Uma São Paulo Comic Con “pelos mesmos organizadores” da New York Comic Con? A primeira Comic Con brasileira “oficial”, ao menos no que se refere à parceria com um evento dos EUA? Pois é. E isso está bem próximo de acontecer.

“Temos interesse no setor, mas estamos avaliando o formato ideal de evento deste porte aqui no Brasil. Ainda não temos uma data prevista para o lançamento”, explica Paulo Octávio Pereira de Almeida, Vice Presidente Comercial da Reed Exhibitions Alcântara Machado. “Acreditamos que existe um potencial igual – ou até maior – que nos EUA para este segmento em São Paulo”. Traduzindo: eles estão se movimentando e a São Paulo Comic Con vai acontecer. Só falta saber QUANDO.


Vale lembrar que, apesar dos diferenciais divulgados, a Comic Con Experience está longe de ser o primeiro evento com “Comic Con” no nome por aqui. Quem começou com isso no Brasil foi a Rio ComiCon, que teve a primeira edição em 2010 e tinha um foco quase que total nas histórias em quadrinhos, sem descambar pra outras mídias, como a original estadunidense.
Foram dois eventos, com o segundo acontecendo em 2011. Para 2012 estava agendada a 3ª Rio ComiCon, que foi adiada para o ano seguinte pelos organizadores. Na época, a direção informou por meio de nota oficial que “não conseguimos renovar o contrato com o patrocinador das duas primeiras edições do evento e os investimentos culturais, em ano eleitoral, sofrem severas reduções, sobretudo, para festivais jovens como é o caso do Rio ComiCon”. Como você sabe, já estamos em 2014 e não há previsão de uma nova edição do evento – informação confirmada ao JUDÃO pelos organizadores por meio de assessoria de imprensa.
Já existia vida muito antes da CCXP
Se não rolou a Rio ComiCon, 2013 ao menos foi um ano movimentado de eventos do tipo. Além da já tradicional FIQ (que é bienal), foram realizadas a Brasil Comic Con (em paralelo a Anime Friends, organizada pela Yamato Corporation), a Fortaleza Comic Con (junto com o SANA) e até a Santos Comic Con. Todos, de alguma forma, tentando atrair a atenção das pessoas para as histórias em quadrinhos, mas apenas com a FIQ sendo realmente relevante para o mercado.



Disputa pela SUA atenção
Vendo que pode perder a onda que ela mesma surfou quando ainda era uma marolinha, a Yamato está se movimentando nos bastidores para realizar a Brasil Comic Con de 2014 descolada da Anime Friends, o que também evitaria conflito de datas com a San Diego Comic-Con, como aconteceu no ano passado.
Só que não é só isso.

O planejamento da Yamato é colocar a BCC em novembro, um mês antes da CCXP. Eles, inclusive, já estão contatando editoras e convidados em potencial. A intenção é clara: tirar a atenção quase que exclusiva (no momento) da Comic Con Experience e fazer com que os fãs gastem seu suado dinheiro um mês antes. Tática de guerrilha não só pra atacar o concorrente, mas também para reforçar no mercado o evento que começou um ano antes. Para isso, já se comenta no mercado que o evento contaria com as presença de Chris Claremont (responsável por recriar os X-Men no final dos anos 70) e que estariam negociando com Brian Michael Bendis (criador, entre outras coisas, dos Novos Vingadores e do Homem-Aranha Ultimate).

Brian Michael Bendis numa Comic Con no Brasil? Isso pode estar mais próximo do que você imagina (Crédito: Renan Martins Frade / JUDAO.com.br)
Brian Michael Bendis numa Comic Con no Brasil? Isso pode estar mais próximo do que você imagina (Foto: Renan Martins Frade / JUDAO.com.br)
Procurados, os organizadores confirmaram a mudança de datas, mas não os convidados. “Essa era a ideia desde o início, fazer um evento com a importância do Anime Friends, só que ainda mais focado para a cultura nerd/geek ocidental”, explica Leandro Cruz, coordenador geral da Brasil Comic Con. “As negociações estão avançadas, mas neste momento ainda não podemos revelar nomes. O Brasil Comic Con acontecerá quase que como uma dobradinha com o Argentina Comic Con, que ano passado levou a Emily Kinney (de The Walking Dead), e os artistas que vierem pra cá também irão para a Argentina”. Além disso, Cruz garante que a Anime Friends, confirmado para julho, manterá um espaço para as HQs ocidentais – incluindo aí um convidado de peso que será anunciado nos próximos dias.

Mas a Yamato quer manter a “política da boa vizinhança” com os concorrentes, apesar da movimentação nos bastidores. “Eu vejo como algo muito positivo [a concorrência com a CCXP]“, comenta Takashi Tikasawa, diretor da Yamato e idealizador do BCC. “O público brasileiro há muito tempo anseia por isso, exatamente por esse motivo que desde 2010 (com o SP Comic Fair) sonhamos com este evento. Além disso, quem mais tem a ganhar é o próprio mercado de cultura pop no Brasil.”

Também questionado sobre a concorrência de outras convenções, Pierre Mantovani, presidente da Comic Con Experience, explica que não teme acabar se repetindo aos outros eventos, justamente por conta dos já citados diferenciais: Artist Alley (inspirado em espaço parecido com os das Comic Cons nos EUA, onde artistas de quadrinhos recebem fãs, vendem artes, autografam edições, etc.) e as empresas de colecionáveis. Mas isso é pouco.


O público quer mais. MUITO mais.
Obviamente, tanto Mantovani quanto o pessoal da Yamato (ou mesmo da Reed, que, neste momento, estão estudando como adaptar o formato da NYCC na SPCC) sabem que não são só quadrinistas ou as empresas de colecionáveis que vão determinar qual evento deu certo e qual foi um fracasso. Na real, as parcerias com os estúdios e distribuidoras serão importantíssimas nisso – principalmente na véspera de um ano cheio de blockbusters programados, o que com certeza não é coincidência. Para 2015 temos, apenas pra citar rapidamente, as estreias dos já mencionados Os Vingadores – A Era de Ultron e Star Wars – Episódio VII, além de Homem-Formiga, Inside Out, Mad Max: Fury Road, os reboots de Quarteto Fantástico e O Exterminador do Futuro, entre tantos outros. Até mesmo Batman vs. Superman, adiado para 2016, poderia dar as caras em algum evento no final deste ano, já que as gravações acontecem ainda em 2014.
Sendo mais específico, o interesse dos grandes estúdios pelo Brasil tem crescido consideravelmente, principalmente porque os executivos perceberam que não é mais a bilheteria dos EUA que pode garantir todo o dinheiro que querem. Ano passado, por exemplo, executivos da LucasFilm estiveram no nosso País e, entre outras coisas, foram até Belo Horizonte apenas pra conferir o clima da FIQ. É essa atenção que os organizadores das Comic Cons querem atrair para seus respectivos eventos.

Mas há, claro, algo “menor” que pode movimentar ainda mais essa “briga” entre CCXP e BCC: o Omelete pediu, no ano passado, o registro da marca Comic Con Brasil, nome bem próximo ao utilizado pelo concorrente. Seria esse um segundo evento na manga? Ou apenas uma tentativa de, no futuro, ocupar o espaço deixado por um concorrente talvez fragilizado? “Primeiramente nosso foco é acertar no evento deste ano, pois se não der certo não teremos segunda edição”, explica Mantovani, que prefere manter os pés no chão a falar sobre projetos futuros. “Por isso estamos investindo e acreditando muito no nosso sonho, mas precisamos da ajuda e apoio de todos os nerds e geeks do Brasil que acham que o nosso país merece algo deste nível.”

É, não só merece algo desse tamanho, como também tem no horizonte três (ou quem sabe mais) grandes Comic Cons por vir… E essa é uma disputa na qual todos nós saímos ganhando. ;)